José Gomes Ferreira regressa às teorias pouco ou não sustentadas da História de Portugal com “O Segredo da Descoberta Portuguesa das Américas”. O livro chega às livrarias com a sinopse: “Antes de 1490, navegadores portugueses visitaram e mapearam secretamente as penínsulas da Florida, Nova Escócia e Labrador, bem como a ilha da Terra Nova, tal como mostram os mapas de Henricus Martellus e de Cristóvão Colombo, de 1490. Antes de 1501, os portugueses também já tinham mapeado a costa leste dos atuais Estados Unidos da América, desde a foz do Rio Mississippi, no Golfo do México, até Cape Cod, no Massachusetts, como se pode verificar no mapa de Cantino e noutras cartas elaboradas nos anos seguintes com base neste planisfério inovador. Antes de 1504, os portugueses descobriram a ponta mais a sul do continente americano, o Cabo Horn, e a costa do Pacífico da América do Sul e Central, como revela o globo terrestre em casca de ovo de avestruz – o Ostrich Egg Globe – feito precisamente em 1504. Antes de 1507, toda a costa ocidental do México, dos Estados Unidos da América e uma parte da costa ocidental do Canadá estavam registadas em mapas secretos portugueses, que foram levados para os grandes centros de saber da Europa e serviram de base ao mapa-mundo de Martim Waldseemuller, datado desse ano”.
Seguramente que historiadores a sério virão contrariar as teorias do jornalista que descobre coisas porque “é só ver na internet”, como disse o próprio. Aliás como aconteceu com o livro anterior dele: Factos Escondidos da História de Portugal, quando vários historiadores desmontaram as teorias do diretor-adjunto da SIC, como no podcast Falando de História ou no COMCAST (1 e 2).
Ao contrário do livro anterior, que lançava um libelo contra a Academia e os historiadores, a sinopse deste parece mais discreta (prossegue afirmando que “neste livro surpreendente e elucidativo, em que as imagens desempenham um papel central, o jornalista José Gomes Ferreira recorre a documentos até agora pouco conhecidos do grande público, bem como ao trabalho de numerosos investigadores independentes, para nos revelar as provas da descoberta portuguesa das Américas, que a História oficial teima em ignorar”.) Veremos o que diz nas entrevistas, sim porque o diretor adjunto da SIC vai ter direito a entrevistas.